29 de out. de 2008

Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.

Fernando Pessoa

27 de out. de 2008

EXCLUSIVO: Absorventes femininos causam problema ambiental já combatido por alternativas no mercado brasileiro

Por Neide Campos / AmbienteBrasil

A Tensão Pré-Menstrual já virou, em muitos ambientes, uma vivência que beira o terreno das fábulas. A famigerada TPM acaba sendo desculpa e culpa para ocorrências singulares. Alimenta o anedotário mundial, mas, para as mulheres que convivem com ela, é difícil extrair desse período mensal qualquer divertimento. A Medicina reconhece tal fenômeno de mudança de comportamento feminino, mas, para grande parte da população, o ciclo menstrual ainda é algo comentado entre sussurros.

No aspecto ambiental, a menstruação acarreta um problema igualmente digno de nota. Ao fim de sua vida fértil, uma mulher poderá ter utilizado mais de dez mil unidades de absorventes higiênicos. Eles terminam despejados em "lixões" e, como não são biodegradáveis, demoram em média cem anos para se decompor na natureza. O absorvente convencional ainda traz um outro problema: a suspeita de que contenham um agente químico tóxico, a dioxina, usada para branquear produtos. Essa preocupação, alardeada em mensagens na internet, resultou que a multinacional Johnson & Johnson, por exemplo, registrasse em seu site que "os absorventes internos fabricados pela empresa seguem padrões de qualidade internacional, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, e não utilizam cloro nem dioxina em sua composição, nem tampouco há adição de amianto (asbesto) em seus produtos". À parte desse debate, a crescente conscientização ambiental está promovendo o retorno a uma alternativa bem conhecida pelas vovós: o absorvente reutilizável, outrora chamado de "paninho". Ele é 100% feito de tecido e se assemelha aos convencionais. Fica preso à roupa íntima feminina através de abas e botões - basicamente um envelope que absorve o fluxo menstrual. A idéia é que, como antigamente, seja lavado e reutilizado.

Um absorvente reutilizável pode durar até sete anos e, como é feito de tecido, sua decomposição demora, em média, apenas um ano. Uma das incentivadoras dessa opção, a formanda em Biologia da Universidade de Brasília (UnB) Mônica Passarinho, diz que, depois de o produto atingir sua vida útil, ele pode ser enterrado no jardim de casa. Mônica conta que, na Venezuela, conheceu uma australiana que adotara esse tipo de absorvente. "Confeccionei o meu primeiro a mão", disse a AmbienteBrasil. Quando voltou ao Brasil, começou a produzi-los para uso próprio. A idéia se espalhou e hoje ela, juntamente com a amiga Nara Gallina, tem uma empresa para comercializá-los. Quanto ao armazenamento dos absorventes usados durante o dia, uma preocupação para as mulheres que trabalham fora, Mônica explica que é simples. "O cheiro é bem diferente por causa da ausência dos químicos, por isso pode-se guardar sem problemas".

Uma das pioneiras neste nicho, a artesã Tatiana Moraes, conta a AmbienteBrasil que após sua sócia, a geógrafa Diana Hirsh, assistir, em 1999, a um vídeo sobre dioxina na faculdade, começou a buscar alternativas para esses produtos. Feita uma pesquisa na internet, ela descobriu que os absorventes reutilizáveis já eram uma realidade fora do Brasil, especialmente nos Estados Unidos e em países da Europa. Tatiana explica que, além dos absorventes reutilizáveis, existem os descartáveis feitos somente de algodão, sem plástico ou gel, e ainda os de algodão cru, que não sofrem processos para serem branqueados. Elas vislumbraram nessas opções ganhos concretos para o meio ambiente e para a saúde das usuárias. "Hoje as 'mulheres modernas´ acham uma grande vantagem absorventes finos que 'duram´ o dia todo. Algumas chegam a ficar 8 a 10 horas com o mesmo", diz Tatiana. "Isso causa uma proliferação de bactérias que pode causar doenças graves. Com tantos plásticos e géis, fica difícil da pele respirar; com um produto feito 100% de algodão isso se torna mais fácil", completa.

Para o meio ambiente, o problema é ainda mais sério. Hoje, os absorventes convencionais são embalados em plástico um a um, o que aumenta a quantidade de lixo e os anos em que esses produtos ocasionarão impactos negativos sobre a natureza. Os absorventes reutilizáveis fabricados por Tatiana Moraes podem ser encomendados pela internet, através do site Coisas de Mulher (clique aqui), e os de Mônica Passarinho, pelo e-mail monica_passarinho@yahoo.com.br.

Já faz um bom tempo que não utilizo absorventes industrializados. Logo que soube dos danos da dioxina fiz meus próprios "paninhos". E é realmente, impressionante, o odor muda e o humor também, rsrsrs. Não tenho dificuldades nenhuma com meus paninhos, deixo eles na água pura, retiro meu sangue, entrego a Terra, em gratidão pelo período fértil que se passou e faço rezos pelo novo ciclo; rego minhas plantinhas com este líquído sagrado e nutritivo e depois lavo eles normalmente.

Tenho uma amiga, a quem ensinei este processo, que decidiu cháma-lo de "Ritual da Menstruação", logo na primeira vez que entregou seu sangue na terra, através da aguá de seus paninhos, disse que visualizou a imagem de uma pomba branca sair da Terra e naquela noite sonhou com sua avó querida, que a muito já tinha partido, me contou emocionada!

O período do sangramento de uma mulher é um tempo sagrado, o Tempo da Lua, onde devemos estar mais recolhidas, "correr" menos, estar atentas aos sonhos, à intuição. Recolher meu sangue, lavar meus paninhos, é um tempo que dedico a mim, aos meus cuidados! Não é "nogento" como algumas mulheres pensam, não me considero nogenta, você se considera? Meu Sangue é Sagrado!
Busque conhecer o Poder do Sangue menstrual
e conhecerás mais de ti!

Você também pode adquirir absorventes ecológicos (almofadas menstruais) com Sabrina Alves, do Clã dos Ciclos Sagrados: cladosciclossagrados@grupos.com.br

Com carinho,
Ana Paula Andrade
Focalizadora de Círculos Femininos
Coordenadora do Clã Filhas da Lua/RS

24 de out. de 2008

Nossos sentidos sem sentido

Artigo do dia 23/10/2008
pg. 23 - Zero Hora
Por Adair Philippsen
Juiz de Direito

Sentidos, nossos sentidos perderam seu sentido. Com tanta gente em volta e com toda tecnologia disponível, eis que retornamos a tempos primevos: perambulamos sozinhos na caverna. A caverna da redoma que nos faz cativos da agenda e, atossicados pela pressa do relógio, atiça a compulsão pelo isolamento na ânsia da disputa pelo pódio do êxito pessoal que nos separa das pessoas e impede a percepção do abismo no entorno. No mecânico consumo da vida sequer notamos que é a vida que nos consome. E dessa maneira transfiguramo-nos em artistas autistas.
Sim, tornamo-nos cegos ao não avistar e tampouco reconhecer o mundo ao lado. Em algum lugar sepultamos a sensibilidade de apreciar e de se deslumbrar frente às telas buriladas pelo esplendor do amanhecer ou pela suavidade do pôr-do-sol ou ainda pela magia da floração dos jacarandás sob a cadência do canto mavioso das aves. A cegueira, agregada ao nosso estoicismo, é conseqüência direta da hipnose forjada pelos artificiais encantos das telas da TV e imagens on-line.
Estamos surdos pelos decibéis da babel urbana adicionados ao paradoxo da mudez instaurada quando substituímos a franqueza do diálogo vis-à-vis pela frieza do bate-papo distante via internet e pelas mensagens cifradas do celular.
O paladar já nem percebe a qualidade dos sabores de outrora. Os atuais provocam náuseas com as informações que nos empanturram sem possibilidade de digeri-las e sem nos alimentar: ao revés, nos deixam mais famintos, mais solitários, menos solidários.
O olfato há muito não degusta o perfume da madressilva ou a fragrância dos jasmins ou o cheiro da terra molhada ou do pasto orvalhado porque impregnou-se do odor da degradação, nela compreendida a inhaca da indecência.
E o tato do contato com o afago, do aperto de mão, do abraço estreito, do calor do beijo, faz-se insensível ante o efeito mal-feito do anestésico aplicado pelo punho cerrado sempre a postos para o golpe (em toda amplidão que a palavra possa expressar).
Nessa irrealidade real é pueril entender a vigente adoração pelos valores sem-valor. O apetite da riqueza material nos conduziu à indigência existencial. Daí essa idolatria por nádegas fornidas, pernas roliças, bustos avantajados, corpos sarados. Não por outra razão que assim vamos massificados, coisificados, robotizados, bigbrotherizados e relegados ao papel inferior de artífices da cultura do "eco oco". O produto desse deserto de valores vem com a safra de frustrações pessoais que a seu turno conduzem a crises de ordem vivencial-sentimental em forma de ansiedade, depressão, irritação, pensamentos obsessivos e neuroses quase coletivas.
A diferença só ocorrerá se afastarmos nossa indiferença. Quando é repetida – com procedência sem dúvida – a obrigatoriedade de maior incentivo à saúde e à educação, faz-se imperioso educar mais o coração e proporcionar mais saúde à alma em homenagem à própria condição humana. Urge redescobrir-se a visão, a sinfonia, o tempero, o aroma e as sensações que dão o tom à vida. É indispensável reencontrar as alegrias simples, desenvolver o dom do perdão, recuperar a solidariedade, superar o individualismo, realimentar o senso comunitário. Em resumo, e apesar do risco de sermos considerados démodé, necessitamos voltar a ser mais românticos.
Rogando desculpa à ousadia, impõe-se discordar de Sartre quando prega que a vida é um absurdo. Afastemos portanto nossa letargia a fim de reativar e energizar os sentidos: estes devem retornar à função de dar sentido à vida. Pois a vida tem sentido, sim.
Muito bom, muito bom... precisava compartilhar com vocês esta leitura, passemos adiante!
Beijos saborosos, abraços calorosos,
Ótimo fim de semana a todos.
Ana Paula Andrade

22 de out. de 2008

A Força Rubra da Tenda da Lua

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"ELA MUDA TUDO QUE TOCA; ELA TOCA TUDO QUE MUDA"
Nossas ancestrais desde os primórdios da humanidade, compreendendo o poder da vida Cíclica reuniam-se para o recolhimento mensal, num tempo em que no céu da noite a Lua estava Nova, no céu do dia o Rei Sol estava mais próximo, e na Terra elas sangravam. Este ritual acontecia em diversas formas e com variados nomes pelo mundo todo, como Casas Menstruais na Índia, Tendas Vermelhas nas tribos dos beduínos, Tendas da Lua nas tribos norte-americana. Lá, naquele momento de recolhimento e de escuridão na Terra, realizavam rituais, cerimônias e ritos de iniciação e buscavam orientações para sua tribo e comunidade. Meninas eram ensinadas pelas anciãs a entrarem na sua vida adulta quando a menarca chegava; jovens mulheres recebiam orientação das mulheres mais velhas e experientes para valorizarem seu corpo, sobre sexualidade, a cuidarem de si, a aumentar sua fertilidade ou controlar sua natalidade, a sonharem com seus filhos e a se fortalecerem com seus partos; eram orientadas para evoluírem espiritualmente pelo seu sangue mensal menstrual e assim desenvolviam sua relação com o ritual doméstico de adoração às Deusas Mulheres e a dimensão sagrada de seus corpos; as anciãs tornavam-se os grandes pilares da comunidade por guardarem o poder e o conhecimento da escuridão do Grande Útero Primordial, Aquele que Tudo Cria e assim, eram as que mantinham e zelavam pelas gerações vindouras. Os ritos de passagem trazem uma descrição que enfatiza tanto a força física como o desenvolvimento de caráter. Nas linhagens antigas de nossas ancestrais era considerado importante que uma mulher fosse capaz de demonstrar sua capacidade para a paciência e a perseverança. Este tipo de ensino parece bastante adequado e não existe em nosso mundo moderno. Ao contrário, a iniciação de nossas meninas parece bem superficial e frágil: aprende-se a tomar anticoncepcional, usar o 1º sutiã e o tampão pela 1ª vez. Resultados disso, mulheres relacionam-se sexualmente e engravidam sem ter qualquer noção de sua própria capacidade de resistência, física ou psicológica. E, claro que assim, muitas optam por dar à luz com auxilio de analgésicos e de uma tecnologia que lhes priva de experimentar a sua própria força, e, mais que isso, priva seu rebento de vir ao mundo realmente querendo nascer e tendo sua 1ª experiência de sobrevivência. Esta ausência de desafio e fortalecimento na puberdade pode também contribuir para a falta de auto-estima que aflige tantas jovens e provoca distúrbios e vícios alimentares. Para a maioria das mulheres, a raiz da sua infelicidade está em um relacionamento doloroso com os processos de ser mulher. São treinadas para não transparecerem que estão menstruadas, por exemplo. É preciso entender que o universo construído para mulher que aprende a tratar o útero e a menstruação como apenas uma necessidade biológica desconfortável, o parto como doença, onde se precisa de intervenção cirúrgica (cesárea) sem a menor participação da mulher e da família no processo e a mulher menopáusica passível de tratamentos médicos por presumirem que estão prestes a deixar de ser mulher, a auto-estima dessas mulheres é correspondentemente baixa. Infelizmente o valor que atribuímos aos que nossas ancestrais chamavam sabiamente de "Mistérios de Sangue" está direta e proporcionalmente ligado ao valor que relacionamos a nós mesmas enquanto mulheres.O aprendizado de nossa natureza cíclica e da Sagrada Terra, nos trás noção de pertencimento, de totalidade, nos fortalece. Convoca-nos a despertar mais ventres, a cura de nossas ancestrais, ao aprendizado com nosso clã feminino, ao cuidado com a Terra. Nos sacraliza, nos cura, nos empodera. Permita-se a essa cura!!

Artigo de minha irmã, Sabrina Alves, do Clã dos Ciclos Sagrados

14 de out. de 2008

Morre o escritor e educador Pierre Weil

"Jogo a garrafa ao mar. Quem a encontrar que apanhe a mensagem nela contida, e, se quiser, e achar oportuno e viável, beneficie a si mesmo e a própria humanidade. É esse o meu último voto."- Pierre Weil


Fundador da Universidade Internacional da Paz (Unipaz), o psicólogo e educador francês Pierre Weil, morreu aos 84 anos, na noite de 11 de outubro de 2008, em Brasília.

Doutor pela Universidade de Paris, o psicólogo pregava a descoberta da paz interior do ser humano, em suas relações sociais e com o meio ambiente, por meio da educação. Chegou ao Brasil há 60 anos. Publicou 40 livros sobre a cultura da paz, psicologia e holística. Uma das suas obras mais conhecidas é "A Arte de Viver em Paz". Em 2002, recebeu o Prêmio da Unesco de Educação e Paz.

Pierre foi um dos precursores na quebra de fronteiras das ciências humanas ligadas com a Psicologia, Psiquiatria, Sociologia, que sempre trataram as suas descobertas de modo exclusivista e segregado de outras áreas do conhecimento científico. Pierre sempre viu o ser humano como expressão holística de uma energia universal única e indivisível, o que o levou a uma posição de destaque neste cenário de quebra das fronteiras do conhecimento não só acadêmico, como também espiritual e esotérico. Seu título de doutor em Psicologia pela Universidade de Paris, suas viagens pelo Oriente e a sua abertura para a dimensão espiritual do homem lhe deram muita competência para atuar de maneira brilhante e sobretudo respeitosa na revelação da natureza mais transcendental e mística do homem.


Ir Além

Ir Além da nossa angustiante e estressante crise caótica, oportunidade transformadora na seguinte nova óptica.Ir Além da perversa marginalização do essencial,apontando para todos o puro sentido existencial.Ir Além da descrença e desalento generalizados,abrindo corações alegres, veros e destemidos.Ir Além da razão que tudo fragmenta e analisa,a intuição, cuja harmonia sintetiza.Ir Além da nossa constante agitação mental,dando à natureza do Espírito o nosso aval.Ir Além da cegueira que nos limita,acendendo a luz da sabedoria infinita.Ir Além do nosso ego diabólico,despertando o amor benéfico.Ir Além da miragem de toda dualidade,meditando na essência da sua identidade.Ir Além da escravidão oca do automato estúpido,soltando a criatividade do ser consciente e lúcido.Ir Além de viver siderados no mundo exterior, descobrindo a realidade no universo interior.Ir Além do apego as coisas,pessoas e idéias,usufruindo da liberdade das mãos abertas.Ir Além de navegar entre a esperança e o medo,vivendo aqui e agora a alegria de cada enredo.Ir Além da raiva que fere os outros e a si mesmo,mostrando empatia aos que nos frustam a esmo.Ir Além do caráter fugaz daquele sexo sem nexo,transmutando-0 em amor eterno sem complexo.Ir Além das nossas dores e doenças periódicas,vivendo a saúde das equilibrações harmônicas.Ir Além da nossa cultura de violência,substituindo-a por paz e benevolência.Ir Além das infindáveis e vãs disputas filosóficas,na Filosofia perene transcendendo a dialética.Ir Além dos valores geradores de dor,cultivando Beleza, Verdade e Amor.Ir Além das lutas competitivas estressantes,encorajando sinergia e cooperação constante.Ir Além das fronteiras belígeras entre nações,entre estados do mundo, criando federações.Ir Além das constantes lutas entre as religiões,descobrindo no sagrado e no divino as suas ligações.Ir Além das discordâncias dos partidos políticos,lutando por ideais comuns, frutiferos e éticos.Ir Além da educação meramente intelectual,para saber aprender,agir ,amar e ser real.Ir Além do fosso entre pobres e ricos,visando o conforto essencial para todos.Ir Além do produzir, consumir e perecer,parindo a nova civilização do oferecer.Ir Além de poluir o espaço,o ar, a água e a terra,vivendo em harmonia com a matéria.Ir Além do desmanchar a biodiversidade,da vida,respeitando toda a sua variedade.Ir Além do profanar o cerne dos genes e do átomo,sintonizando mentes com o Espírito do Universo.Ir Além do duelo entre unidade e diversidade,desvelando a diversidade unidade.Ir Além dos preconceitos da morte e do morrer,desobstruindo a passagem para o perene viver.>Ir Além da dor do transitório de todos e de tudo,desvelando no seu espírito o Espírito eterno.Ir Além das incertezas periódicas da fé e do crer,transformando-os na experiência do verdadeiro saber!


(páginas 235,236 e237 do livro Lágrimas de Compaixão-PIERRE Weil)

Sustentabilidade em Educação - Pós Graduação



Clique na imagem para ver detalhes.
Olá, Pessoal!

Sou Eliana Press, diretora Pedagógica do Instituto Atitude. Para terem maiores informações sobre a Pós-graduação 'SUSTENTABILIDADE EM EDUCAÇÃO' em Florianópolis/SC, mencionada acima, podem me contactar! O email e telefone estão ao final da mensagem.

Esta é uma Pós autorizada pelo MEC, com conteúdos como:
GESTÃO SUSTENTÁVEL EM EDUCAÇÃO
TRANSDISCIPLINARIDADE
DOCÊNCIA E PROJETOS SÓCIO-AMBIENTAIS
DIDÁTICA TRANSPESSOAL
FERRAMENTAS PARA INCLUSÃO
ECOLOGIA: Auto-formação, Hetero-Formação, Eco-Formação
GESTÃO PACÍFICA DE CONFLITOS

Os encontros acontecerão em um final de semana por mês. Você terá aulas com docentes pioneiros de uma Educação inovadora e voltada para as necessidades atuais de promover interações pacíficas, integrando os níveis da existência: humano, social, ambiental e econômico. Seguem alguns deles:

JOSÉ PACHECO: Fundador da Escola da Ponte em Portugal, referência mundial de sucesso e inovação em pedagogia, Mestre com Reconhecido Notório Saber. Autor de vários livros.
FÁBIO BROTTO:Mestre, pioneiro no Brasil no trabalho com Jogos Cooperativos, Autor dos livros "Jogos Cooperativos – Se o Importante é Competir o Fundamental é Cooperar" e "Jogos Cooperativos – O Jogo e o Esporte como um exercício de Convivência"
ROSE MARIE INOJOSA-Doutora em Saúde Pública e Mestre em Ciências da Comunicação pela USP, Coordena a Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz – UMAPAZ, em São Paulo, onde implementou, em 2007 e 2008, o programa de Difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação. É docente de cursos de pós-graduação em Projetos Sociais no Terceiro Setor, da PUC/SP e Mediação de Conflitos Socioambientais.
MARIA SCHULER:Professora Livre Docente na Universidade de São Paulo (USP), na Escola de Comunicação e Artes (ECA) e na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Coordenadora do Núcleo para a Excelência Humana da Escola de Administração (EA/UFRGS - Grupo de Pesquisa CNPq); Doutora em Ciências da Administração pela École Supérieure des Affaires (ESA), Université de Sciences Sociales de Grenoble II - França; Mestre em Administração de Marketing pelo PPGA/UFRGS; Bacharel em Comunicação Social pela FABICO/UFRGS; Terapeuta Organizacional pela Escola Dinâmica Energética do Psiquismo (DEP)SP/BR. Consultora Organizacional.FABIO ALBERTI CASCINO-Doutor em Educação, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas da Interdisciplinaridade (GEPI) da PUC-SP, assessor da Prefeitura de Diadema; Pedagogo, educador ambiental e formador de professores; autor de trabalhos e pesquisas sobre interdisciplinaridade, filosofia da educação, educação ambiental, filosofia do ambientalismo e ecoturismo. É também alpinista e guia de escaladas em montanha.
ARMÊNIO LIMA-Doutor em Educação, Mestre em saúde comunitária, especialista em medicina de família, homeopatia e psicologia transpessoal, graduado em medicina e ciências jurídicas e sociais.
GEORGES KHARLAKIAN JR.- Sócio- Economista com Pós - graduação em Ciência Sociais Aplicadas,Especialista em Design Sustentável pelo Gaia Education,Membro da Rede Ação pela Educação AED Agencia de Educação para o Desenvolvimento - DLIS - Desenvolvimento Sustentável Local Integrado.Educador no programa Pavs- Programa Ambientes Verdes Saudáveis – Pnuma- Orgão da ONU para o Meio Ambiente, na UNIFESP, SPDM, Universidade Federal de São Paulo.

Seleções e matrículas em andamento - vagas Limitadas: RESERVE A SUA!
Contato: 48 - 9933 5833 e atitude.instituto@gmail.com, elianapress@gmail.com
Instituto ATITUDE

Diretora Geral: Eliana Press
Especialista em Psicologia Transpessoal Aplicada à Educação, é Diretora Geral do Instituto Atitude e, também, diretora pedagógica do Instituto Gera Sol há 6 anos. Foi co-idealizadora da 1º Pós Graduação em Psicologia Transpessoal do Brasil reconhecida pelo MEC. Há 16 anos trabalha com coordenação pedagógica, tendo sido responsável pela implementação do Projeto Domus Alfa no Ensino Médio da Escola Associada Pueri-Domus-Curitiba/PR (2000). Atua, também em clínica psico-pedagógica.

Com ATITUDE,
Você Abraça o Mundo!

12 de out. de 2008

A Arte de Viver em Alegria






Cores e Sabores










Criatividade



Alegria

Liberdade







Prazer



















10 de out. de 2008

Invisibilidade pública

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

- Fonte: Plinio Delphino, Diário de São Paulo.

É muito importante que todos estejam abertos ao aprendizado e à mudança de certas atitudes.
'A moral e os costumes que dão cor à vida, têm muito maior importância do que as leis, que são apenas umas das suas manifestações. A lei toca-nos por certos pontos, mas os costumes cercam-nos por todos os lados, e enchem a sociedade com o ar que respiramos.'

· Toda ação repetida gera hábito.
· O hábito muda o caráter.
· O caráter muda a existência.
· 'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: 'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz. Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga.
E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.

Diário - Como é que você teve essa idéia?
Fernando Braga da Costa - Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária. Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.

Com que objetivo?
A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis. Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação?
Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa?
Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal. Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram.
Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série de fatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos, o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos.. Os garis conseguem definir essas diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis. Dê um exemplo. Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis. De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão. O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações. O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de passar, virou-se pra mim e começou a falar: 'É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não. Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente está esperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão'.

Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você era diferente?
Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari. Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas. É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente. As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um serviço mais pesado. Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles. Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença? Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.

Eles testaram você?
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar. O que você sentiu na pele, trabalhando como gari? Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado. E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou? Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão. E quando você volta para casa, para seu mundo real? Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.'
Puxa, quando li esta reportagem me emocionei e admirei este homem corajoso, Fernando Braga da Costa, que nos traz esta lição de vida. Atualmente faço um estágio em um órgão público onde o quadro de profissionais da área da limpeza é bastante grande e tenho o costume de observá-los. Eles se destacam com seus macacões azuis mas o que mais me chama atenção são seus movimentos. Trabalham mais do que muita gente engravatada e de salto alto que andam pelos corredores, percebo um coleguismo entre eles que a muito já se perdeu nas repartições públicas. Brincam, dão risadas e são educados. São discretos mas posso notá-los... não é apenas a cor vibrante da roupa, é a aura alegre, o espírito belo, mãos e braços que não param... que cuidam do ambiente onde trabalho. E os motoristas dos transportes públicos, que passam o dia no trânsito estressante, custa-nos desejar-lhes um "Bom dia", uma "Boa tarde", um "Bom trabalho", um "obrigado", ao subir ou descer do transporte. Sei que as vezes não somos bem recebidos mas a gentileza é algo que contagia, com certeza o cobrador ou motorista que é tratado com respeito e gentileza tratará o próximo passageiro desta forma.
Neste mundo racional, agressivo, consumista, a emoção, o afeto, a gentileza ficam esquecidos, é preciso resgatar as "boas maneiras e os bons costumes", somos Seres Humanos, nascemos todos bons!
CULTIVE A GENTILEZA!
Ana Paula Andrade

8 de out. de 2008

Reiki Xamânico - O Portal do Oeste

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O Reiki, esta energia universal disponível no Universo vem de uma única fonte - a Fonte Que Tudo É, O Grande Espírito, O Grande Arquiteto, O Grande Mistério, como queiram chamar.
O xamanismo não se refere apenas à espiritualidade indígena. É certo que os indígenas foram os grandes responsáveis por manterem acessas as chamas da Medicina da Terra mas as práticas se originaram no homem primitivo, no paleolítico, e está presente em todas as culturas e todos os povos, não é propriedade nem direito de um único ou de poucos grupos. É próprio daquele que pisa na Terra com respeito e olha todos os seres como seus parentes, seus irmãos.
A palavra xamanismo foi criada por antropólogos para definir um conjunto de crenças ancestrais. A palavra tem origem siberiana e não americana e é usada hoje como uma forma única para descrever as práticas no mundo todo. Ou seja, as práticas são universais, é um legado do Mundo Espiritual para a Humanidade. Não pode haver fronteiras.
A diferença básica entre o Reiki tradicional e o Reiki Xamânico é a introdução de técnicas e rituais xamânicos, o uso do som do tambor, de jornadas xamânicas, de ervas e de uma abordagem de reverência a todos os elementos da Natureza, visando tornar toda a vivência de aprendizado do Reiki mais dinâmico e intenso. Convidamos a energia da Terra (yin, Xamanismo) a participar em conjunto com a energia do Céu (yang, Reiki), proporcionando uma atmosfera onde profundos bloqueios energéticos possam ser dissolvidos e o poder de escolha por uma vida saudável e apaixonante possa ser resgatado.
Como nos diz Léo Artése, "o xamanismo é universal". A premissa básica é o reconhecimento que todos fazemos parte da Família Universal e tudo está interligado. O praticante compreende o Espírito Essencial que está dentro dele mesmo, na natureza e em todos os seres.
Nós podemos perceber traços do xamanismo em várias religiões, mas não é uma religião. É um religare, mas no sentido de religar o homem à Mãe Terra e de este se tornar seu próprio Curador, seu próprio Mestre.
A Medicina da Terra é derivada de conhecimentos medicinais passados pelos ancestrais que são honrados por aqueles que recebem a iniciação. Este conhecimento não está limitado aos iluminados, é disponível para todos nós, dependendo da sinceridade e humildade com que buscamos. Sabedoria xamânica é sabedoria da Mãe Terra e, a cada filho dela, é dado um presente, algum talento especial.
"Um verdadeiro xamã enfrentou suas sombras e venceu seus medos da insanidade, solidão, orgulho, vaidade, vícios, doença, ao passar por mortes em vida. Depois disso, escolhe tornar-se curador curado, auxiliador, visionário, à serviço das pessoas". (Léo Artése)

7 de out. de 2008

A CRIATIVIDADE GERA O PRAZER

O amor a nós mesmos e à vida já nos dá o prazer de viver cada instante, o prazer de viver que nos ativa a criatividade e esta acaba com a rotina, ampliando os sentidos para o nosso prazer, tornando-se uma reação em cadeia de energia positiva, porque cada prazer pode gerar um novo prazer. A vida é um movimento de criatividade, evolução e progresso. É muito importante a manifestação criativa, a capacidade de criação e o trabalho e gerar. Isto é trabalho e trabalho é energia, e o trabalho, seja qual for, se for feito com amor, criatividade e com gosto, fatalmente nos dará a alegria e o prazer.
Por intermédio de nossa inspiração, imaginação e liberdade, devemos nos conectar com o ser criativo que nos habita para descobrirmos o sentido de nossas vidas. Assim, a criatividade nos faz criar, nos leva a fazer, e assim atingimos a realização que nos dá imensa satisfação.
Em geral, os adultos referem que a época mais feliz da vida é a infância, alegando que as crianças não têm problemas nem preocupações, o que não é verdade. Como diz Reich: "A fusão do realismo adulto e da imaginação infantil é a chave de todas as atividades criativas". Acontece que a criança tem uma percepção e uma sintonia maiores com os fenômenos naturais, com a natureza, com a espontaneidade, com a liberdade e com a criatividade; por isso elas podem exteriorizar com naturalidade.
Assim como os sábios, elas têm uma enorme curiosidade por tudo o que faz parte da vida, elas se interessam por quase tudo e tornam quase todas as coisas interessantes para elas. A criança pergunta sobre tudo, se distrai, se diverte ou brinca com qualquer coisa. Enfim, a criança a tudo ama e no "jogo do faz-de-conta" em tudo descobre uma finalidade, o que lhe traz diversão e alegria.
Devemos respeitar as coisas sérias e brincar com tudo o que nos dá diversão, divertir-nos com o que nos alegra e não nos divertir para escapar ou fugir da realidade. É preciso saber brincar, tendo o devido cuidado para não abusar e não se viciar em uma brincadeira ou em um jogo, para não se destruir.
A diversão das crianças são as alegres brincadeiras plenas de sua inata criatividade que lhes dão prazer. Com a inocência e pureza características, com a curiosidade que lhes é peculiar, exploram até a sexualidade para descobrir este mistério, brincando de "médico", de "casinha" ou de "papai-mamãe". Por essa razão devem ser orientados com sabedoria pelos pais e professores para que, quando adultos, mantenham tal descontração, pois entre pessoas maduras o sexo deve ser uma atividade normal e prazerosa, para que seja uma importante complementação do sentimento de amor, a fim de atingirmos o prazer maior, o prazer corporal, emocional e espiritual.

6 de out. de 2008

A Lua que não dei

Compreendo os pais - e me encanto com eles - que desejariam dar o mundo de presente aos filhos. E, no entanto, abomino os que, a cada fim de semana, dão tudo o que filhos lhes pedem nos shoppings, onde exercitam arremedos de paternidade.
Dar o mundo é sentir-se um pouco como DEUS, que é essa a condição de um Pai. Dar futilidades como barganha de amor é, penso eu, renunciar ao sagrado. Volto a narrar, por me parecer apropriado á croniqueta, o que me aconteceu ao ser Pai pela primeira vez. Lá se vão 45 anos. Deslumbrado de paixão, eu olhava a menina no berço Via-a sugando os seios da Mãe, esperneando na banheira, dormindo como anjo de carne. E, então, eu me prometia, prometendo-lhe:- ' dar-lhe-ei o mundo, meu amor,' E não lhe dei. E foi o que me salvou do egoísmo, da tola pretensão e da estupidez de confundir valores materiais com morais e espirituais. Não dei o mundo à minha filha, mas ela quis a Lua. E não me esqueço de como ela pediu a Lua, há anos já tão distantes. Eu a carregava nos braços, pequenina e apenas balbuciante, andando na calçada de nosso quarteirão, em tempos mais amenos, quando as pessoas conversavam às portas das casas. Com ela junto ao peito, sentia-me o mais feliz homem do mundo, andando, cantarolando cantigas de ninar em plena calçada.Pois é a plenitude da felicidade um homem jovem poder carregar um filho como se acariciando as próprias entranhas. Minha filha era eu e eu era ela! Um Pai é, sim, um pequeno DEUS, o criador. E seu filho a criatura bem amada. E foi, então, que conheci a impotência e os limites humanos. Pois a filhinha - a quem eu prometera o mundo - ergueu os bracinhos para o alto e começou a gritar, assanhada: 'Dá, dá, dá...' Ela descobrira a Lua e a queria para si, como ursinho de pelúcia, uma luminosa bola de brincar.
Diante da magia do céu enfeitado de estrelas e de luar, minha filha me pediu a Lua e eu não pude lhe dar. A certeza de meus limites permitiu, porem, criar um pacto entre pais e filhos: ' se eles quisessem o impossível, fossem em busca deles '. Eu lhes dera a vida, asas de voar, diretrizes, crença no amor e, Portanto, estímulo aos grandes Sonhos. E o Sonho da primogênita começou a acontecer, num simbolismo que, ainda hoje, me amolece o coração. Pois ainda adolescente, lá se foi ela embora, querendo estudar no Exterior.Vi-a embarcar, a alma sangrando-me de saudade, a voz profética de Kalil Gibran em sussurros de consolo: ' Vossos filhos não são vossos filhos, mas são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, mas não são de nós. E embora vivam conosco, não vos pertencem. (...) Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. 'Foi o que vivi, quando o avião decolou, minha criança a bordo. No céu, havia uma Lua enorme, imensa. A certeza da separação foi dilacerante. Minha filha fora buscar a Lua que eu não lhe dera. E eu precisava conviver com a coerência do que transmitira aos filhos: ' O lar não é o lugar de se ficar, mas para onde voltar' Que os filhos sejam preparados para irem-se, com a certeza de ter para onde voltar quando o cansaço, a derrota ou o desânimo, inevitáveis... Lhes machucarem a alma. Ao ver o avião, como num filme de Spielberg, sombrear a Lua, levando-me a filha querida, o salgado das lágrimas se transformou em doçura de conforto com Kalil Gibran. Como Pai, não dando o mundo nem a Lua aos filhos, me senti arqueiro e arco, arremessando a flecha viva em direção ao mistério. Ora, mesmo sendo avós, temos, sim e ainda, filhos a criar, pois Família é uma tribo em construção permanente. Pais envelhecem, filhos crescem, dão-nos netos e isso é a construção, o centro do mundo onde a obra da criação se renova sem nunca complementar-se. De guerreiros que foram , pais se tornam pajés. E mães, curandeiras da alma e do corpo. É quando a tribo se fortalece com conselheiros, sábios que conhecem os mistérios da grande arquitetura familiar, com régua, esquadro, compasso e fio de prumo. E com palmatória moral para ensinar o óbvio:
' se o dever premia, o erro cobra '. Escrevo, pois, de angústias, acho que angústias de pajé, de índio velho. A nossa construção está ruindo, pois feita de areia movediça. É minúsculo mundo que pais querem dar aos filhos: O dos shoppings. E não há mais crianças e adolescentes desejando a Lua como brinquedo ou como conquista. Sem Sonhos, os tetos são baixos e o infinito pode ser comprado em lojas. Na construção familiar, temos erguido paredes. Mas dentro delas, haverá gente de verdade?


Texto publicado em 01/08/2008 no ' Correio Popular ' - Campinas

3 de out. de 2008

O paradoxo de nosso tempo

O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.
Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento. Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra no lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição. São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; De residências mais belas, mas lares quebrados.
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente ignorar.
Recebi este texto por email, de autoria desconhecida, mas não pude deixar de publica-lo. Nos faz refletir e repensar o ritmo que levamos a vida, de que forma tomamos nossas decisões, se estamos fazendo alguma diferença ou ignorando a vida. Se estamos, realmente, comprometidos (as) com a biosfera ou se falamos de mudanças mas não mudamos.
Hei, assim falei.
Ana Paula Andrade

Aproveite sua energia interior

Por Oriza Martins

Somos interiormente pura energia... e toda energia pode ser utilizada para o bem ou para o mal.
O uso de nossa energia interior depende de nós mesmos, de equilíbrio emocional, de nosso auto-domínio.
Se estamos irados, nosso interior pode transformar-se numa potente usina de emissão e processamento dessa energia negativa.
Se nos vergarmos ao poder da ira, tendemos a um tipo de vivência improdutiva, extremamente nociva - a nós mesmos e aos que nos rodeiam.
Por que canalizar nossa energia interior para os descaminhos da improdutividade - que fatalmente levam ao abismo da existência?
Por que não aproveitá-la de maneira construtiva e saborear a prática do bem?
Vamos processar essa energia em prol do amor e da paz!
Vamos transformá-la em solidariedade e fazer um positivo uso dela, pois, como já dizia o Gandhi, "nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo".

2 de out. de 2008



"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa.


E, por não poder fazer tudo,

não me recusarei a fazer o pouco que posso."


''O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano.

Mas sem ela, o oceano será menor."


Madre Teresa de Calcutá

1 de out. de 2008

Se algum artigo neste blog estiver como "autoria desconhecida" e você souber informar, agradecemos e faremos a devida correção. Solicitamos também que, ao ser extraída qualquer informação desta página, seja adicionada à devida autoria ou endereço:
http://clafilhasdalua.blogspot.com/